Honestamente, tenho a impressão de que quando nós olhamos para o mundo e, no entanto, jamais conseguimos ver nele algo de bom ou de belo, talvez, seja mais interessante cessarmos a nossa crítica em relação a ele, e voltarmos o olhar questionando a qualidade de nossa própria visão; decerto, o mais sensato é perceber que, nestes casos, a "falha" (se é que se pode dizer assim) ou a falta de Graça e beleza não tendem a residir no mundo externo, e sim na nossa pobre, frágil e limitada capacidade interior para enxergá-lo.
Não apenas em paralelo, mas sustentando à miséria do mundo externo, apenas pode residir uma miséria mais profunda e mais misteriosa, que é justamente a miséria que - como um fantasma no meio da madrugada - espreita em nosso interior.
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