terça-feira, 24 de abril de 2012

A classe média é terrível!

      O pensamento típico (quase hegemônico) da classe média é terrível: eles criticam e desvalorizam grosseiramente o trabalho a polícia, mas ao mesmo tempo, não abrem mão de um pingo da mordomia adquirida pela manutenção (mesmo que sempre vulnerável) da ordem estabelecida pela lei. Como dizia Moisés: "Sem lei não há liberdade!" E é óbvio demais que sem instituições como a polícia para sancionar a perversão e o sadismo dos indivíduos não há possibilidade de usufruto de nenhum dos ganhos adquiridos pela vida civilizada e coletiva. 
      No fundo, acho mesmo que trata-se de um bando de hipócritas covardes que pensam que o único valor a ser defendido na vida é o direito privado de alienar-se nas futilidades proporcionadas pelo estilo de vida moderno, como por exemplo: fazer compras de forma frenética, navegar o dia inteiro na internet, assistir palestras "éticas" sobre desenvolvimento sustentável ou documentários "cult" sobre a importância da diversidade cultural, a história da arte, a luta de classes ou as novidades da física quântica. Pior ainda (e essa é simplesmente de matar) é apenas esperar para "encher a cara" de cerveja e churrasco nos dias de futebol... sem falar naqueles que apenas defendem o seu direito inalienável de fumar maconha... 
      Incrível! Até parece que a único tipo de "lei" que se admira e respeita atualmente é a da vulgaridade!
      Mas a concepção de que a polícia então é execrável e necessariamente corrupta é totalmente falsa, pois é justamente a presença da polícia que possibilita a diversão e as festinhas nos finais de semana...
      De qualquer jeito: o fato é que todo mundo diz que adora e aspira a paz. Mas a verdade psicológica profunda que se oculta por detrás deste fato, é que apenas um número diminuto de pessoas possui a dose de coragem necessária para enfrentar as guerras que são necessárias - leia-se indispensáveis - para a conquista e o desfrute relativo da paz - entendendo a palavra paz aqui em seu duplo sentido: (I) interior (isto é, a paz consigo mesmo) e (II) exterior (que significa paz nas tempestuosas relações com os outros seres humanos).

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