segunda-feira, 23 de junho de 2014

Teocracia ou Estado Laico?

Concordo que a separação entre Estado e Religião é e foi vital para o início do mundo moderno. Particularmente, não sou a favor de nenhuma teocracia. Acho que o Estado tem que ser laico mesmo, porém, me incomoda muito a ideia (ou percepção) de que se utilizam muito dessa prerrogativa para se produzir de maneira um tanto velada uma "cataquese" ou militância em prol do ateísmo (ou mais indiretamente do materialismo dialético marxista); sendo este ou aquele tomado então como a "religião oficial" mas não declarada do homem moderno. 

Daí se segue que o apoio da filosofia para se pensar as questões do Estado deve provir de um embate/debate sério entre as diferentes e mais expressivas filosofias sobre o homem e o mundo. Não adianta nada trocar uma ideia antiga por uma filosofia nova somente porque ela se define enquanto filosofia: teremos que ainda ver se essa filosofia é melhor... e a filosofia marxista, por exemplo, não apresenta sequer um só grama de compreensão ou informação que possa ser agregada a noção de família, já que comentávamos sobre isso agora pouco. Pelo contrário, ela repudia a família enquanto instituição - o que eu considero no minimo um retrocesso civilizatório... Além disso, desde Santo agostinho, que ofereceu as bases para a compreensão filosófica do mistério cristão até São Tomas de Aquino, os escolásticos e muitos outros, existem mais de 1500 anos de produção filosófica que deve ser considerada. O negócio não é uma simples imposição dogmática de um milagre ou revelação divina... 

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