quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Escolhas

      Muitas vezes (e eu acho que essa é quase a maioria dos casos), é mais interessante e divertido ser escolhido do que ter que escolher.
      Ser sempre obrigado a ter que escolher é um fardo enorme, que é acompanhado automaticamente de ambivalência e amargura diante das possibilidades perdidas pela escolha "errada". Ao passo que ser um (ou o) escolhido, nos libera deste impasse, ao mesmo tempo em que nos enche o corpo e a alma de vitalidade para que possamos perseguir no caminho da escolha com toda a responsabilidade adquirida pela nossa magnificiente singularidade.
      É por isso que Philip Rieff está perfeitamente correto quando afirma que "escolher é um atributo dos deuses, enquanto aos homens, o que interessa é serem escolhidos". Não deveríamos brincar tanto de ser Deus, como fazem atualmente os cientistas e artistas modernos simplesmente por um único motivo: porque não vale a pena!    

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